Um homem de 47 anos, que usava máscara de palhaço com peruca e
portava uma arma réplica de pistola foi morto no Bairro Tibery,
em Uberlândia, na madrugada desta segunda-feira (2).
Dinâmica e
abordagem
Conforme a
Polícia Militar (PM), a ocorrência teve início durante patrulhamento pelo
bairro, em uma região que os militares chamam de "zona quente de
criminalidade", quando a equipe viu o indivíduo com a máscara e de posse
de arma apontando para duas pessoas sentadas.
A
princípio, os policiais
pensaram que era um roubo e o abordaram para que largasse a arma. Contudo,
segundo a PM, ele virou a arma na direção da corporação. Para proteger a
corporação, um dos policiais acabou atirando contra o fantasiado,
que caiu no chão.
"A
Polícia Militar [...] fez um protocolo padrão, que é a sinalização,
advertência, a ordem do cidadão para ele cessar a ameaça. Mas o cidadão, ao
invés de cessar acabou virando em direção aos policiais, que dentro da
legitimidade e para repelir a justa agressão iminente, realizaram disparo de
arma de fogo" ,
explicou o tenente da PM, Paulo José Azevedo.
Ele foi
levado até o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),
mas não resistiu e morreu.
Após o
socorro, a PM
entrou em contato com os caminhoneiros que supostamente eram alvo de assalto,
mas eles disseram que a pessoa morta não realizou abordagem para roubá-los, mas
sim com a intenção de fazer uma brincadeira, pois eram
conhecidos.
Conforme
Azevedo, o homem era conhecido pela população e pela PM. "Temos mais de 24
registros envolvendo ele, sendo que desses 11 são como autor".
O
inquérito foi aberto pela Polícia Militar para investigar os fatos e a arma do
militar envolvido foi recolhida. O g1 procurou
também a Polícia Civil, que informou que o caso segue com a PM desde o ocorrido
e que assim que o procedimento chegar à Delegacia de Homicídios será instaurado
o inquérito policial.
Alerta
O tenente
Paulo José de Azevedo ainda citou o perigo de brincadeiras como essa, além de
explicar qual deve ser a reação das pessoas durante uma abordagem policial.
"Seja
uma brincadeira ou não, é importante obedecer à ordem da polícia militar. E
também uma situação de um cara estar empunhando uma arma, até definir se é uma
réplica e uma arma de verdade, não dá para brincar. A PM vai tomar a decisão e
o protocolo diz que para cessar injusta agressão acabou utilizando um armamento
de fogo", detalhou.
Comentários dos internautas