A causa da
morte de um macaco, em uma mata do Bairro Recreio dos Bandeirantes em Uberaba,
é investigada pela Prefeitura por suspeita de febre amarela. O corpo do animal
foi recolhido pelo Departamento de Controle de Zoonose e Endemias no último
sábado (4).
Telespectadores
que moram na região estranharam a movimentação e a possível aplicação de veneno
no local e entraram em contato com a TV Integração. A informação foi
confirmada pela Prefeitura por meio de nota.
Segundo o Departamento, o primata é do gênero Alouata, conhecido como bugio-ruivo. A presença dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, vetores da febre amarela em áreas de mata é investigada.
Todo
primata não humano encontrado morto é considerado como suspeito para febre
amarela. Materiais para a realização de exame de virologia foram encaminhados
para Belo Horizonte. Não há previsão para divulgação do resultado.
Ainda
conforme o Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias, a população deve
permanecer em alerta e informe casos de micos e macacos mortos. O telefone para
contato é o (34) 3315-4173.
O que é
febre amarela
De acordo
com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a febre amarela é
uma doença viral aguda transmitida aos humanos e primatas não humanos – macacos
– através da picada de mosquitos infectados. Não há transmissão direta de
pessoa para pessoa.
A
transmissão ocorre em dois ciclos, o silvestre, ou seja, em área rural e de
floresta, onde os vetores são os mosquitos Haemagogus e o Sabethes, e o urbano,
onde o vetor é o Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue, chikungunya e
zika.
Segundo a
SES-MG, a incidência da doença é maior entre os meses de dezembro e maio devido
ao maior índice de chuvas, o que aumenta a proliferação dos vetores.
Ainda conforme a Secretaria, a principal ferramenta de prevenção e controle da doença é a vacinação ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O esquema
vacinal adotado a partir de 2017 prevê dose única do imunizante durante toda a
vida, com indicação de reforço para pessoas que tenham sido vacinadas antes dos
5 anos.
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