A jovem de
24 anos suspeita de pedir resgate de R$ 5 milhões para familiares de uma
empresária sequestrada foi presa enquanto estava internada com
leishmaniose, segundo a Polícia Civil de Araçatuba (SP).
A vítima
foi abordada por quatro criminosos em Ponta Porã (MS), obrigada a entrar em um
carro cinza e levada para Pedro Juan Caballero (PY). Ela foi liberada do
cativeiro no último domingo (6), com a integridade física preservada.
De acordo com delegado da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Araçatuba, Antônio Paulo Natal, as mensagens pedindo o resgate para liberar a empresária foram enviadas do celular aprendido com a jovem de 24 anos.
"A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul fez um serviço de inteligência e nos informou que as pessoas encarregadas de pedir o resgate estariam em Araçatuba. Acionamos todas as nossas divisões e conseguimos localizar dois possíveis endereços", afirmou Paulo.
Um rapaz
suspeito de integrar a quadrilha responsável por executar o sequestro conseguiu
fugir antes da chegada das equipes da Polícia Civil de Araçatuba. Porém,
investigadores descobriram que a convivente do homem que conseguiu escapar
estava internada na Santa Casa.
Segundo o delegado Antonio Paulo, a jovem foi questionada e negou que estava envolvida com o crime. Ela também disse que não sabia como as mensagens pedindo o resgate para a família da vítima tinham sido enviadas do seu celular.
"Ela
contou que ficou com o celular durante todo o tempo, e que o convivente não a
visitou. O convivente, possivelmente, orientava a mulher pelo telefone. Em
seguida, a mulher passava a mensagem e solicitava o resgate para a família da
vítima. O celular usado para extorquir a família foi apreendido e será
periciado", disse.
A jovem
encontrada na Santa Casa de Araçatuba passou por audiência de custódia e
teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O rapaz que conseguiu
fugir também teve a prisão decretada, mas segue foragido. Os dois possuem
passagens por tráfico de drogas.
A
empresária vítima do sequestro foi liberada do cativeiro somente depois que a
Polícia Civil de Araçatuba conseguiu prender a jovem. Ela é casada
com um homem que possui diversas lojas de materiais de construção.
De acordo
com o delegado Antonio Paulo, a quadrilha acreditava que dificultaria o
trabalho de investigação realizando o sequestro em uma cidade e pedindo resgate
de outro município.
"Uma
parte da quadrilha ficou no Paraguai, e a outra em Araçatuba. Em razão da
prisão da mulher e da identificação do marido, nós vamos conseguir esclarecer
totalmente quem participou do sequestro", explicou.
Fonte: G1
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