O locutor Asa Branca, conhecido por revolucionar a narração de rodeios no Brasil na década de 1990, morreu na tarde deste terça-feira (4). Waldemar Ruy dos Santos (seu verdadeiro nome) lutava contra um câncer na mandíbula e uma infecção causada pelo rompimento dos tumores. A notícia foi confirmada na sua página oficial nas redes sociais.
“É com muito pesar que informo o falecimento do nosso querido Waldemar Ruy Asa Branca dos Santos”, diz o comunicado.
O locutor, que também era portador do vírus HIV, estava internado no Instituto do Câncer, em São Paulo, desde o dia 25 de janeiro. À época a esposa, Sandra Santos, contou que os médicos disseram que nada poderia melhorar o quadro de Asa Branca. “Às vezes, ele está consciente e às vezes bem confuso. Ele reclama de dores e a morfina não faz mais efeito. Ele não está mais aguentando o sofrimento e já pede para morrer”, afirmou a esposa.
A família havia criado uma vaquinha virtual para arcar com custos do tratamento. Foram arrecadados mais de R$ 13 mil, de uma meta de R$ 50 mil.
Asa Branca nasceu em 1962 em Tiriúba, município no interior de São Paulo, e fez fama na década de 90 como a voz de grandes rodeios, que o levou a participar de novelas como Mulheres de Areia (1993) e O Rei do Gado (1996), da TV Globo. À época, ele chegava a faturar até R$ 300 mil por mês e levava uma vida badalada, regada a bebida, drogas, festas e mulheres, conforme ele mesmo revelou mais tarde. Em 1999, ele recebeu o diagnóstico do HIV.
Asa Branca será velado na Asssembleia de Legislativa de São Paulo. Segundo sua mulher, Sandra dos Santos, a cerimônia será aberta ao público e artista será sepultado no jazigo da família, em Turiuba, interior de SP, onde o artista nasceu.
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